Parlamentares decidirão destino do São Francisco
2004-12-22
A solução para viabilizar o projeto de transposição do São Francisco deverá passar pelo Congresso Nacional. O governo quer começar as obras de itnegração das bacias hidrográficas do Nordeste em março, mas uma série de liminares impede o avanço das etapas preliminares, a ponto de já colocar em risco a manutenção do cronograma original. Até as audiências públicas que deveriam começar em dezembro para debater os impactos ambientais, foram suspensas pela Justiça.
Ambientalistas colocam resistência a transposição e governos estaduais só admitem o desvio das águas que passam pelos seus territórios após um vasto programa de revitalização do rio, com ações como desassoreamento do leito, despoluição e reposição da vegetação das suas margens. Eles argumentam, que tal como está colocad, a transposição equivale a tirar sangue de um paciente em estado terminal. O probelma é que ações desse tipo custam caro e demoram para dar resultados. Os números envolvidos são gigantescos. Só no orçamento do ano que vem, o governo já reservou mais de um R$ 1 bilhão para as obras. Cerca de 8 milhões de famílias serão beneficiadas, dizem as estimativas oficiais. Mas as verbas destinadas à revitalização do rio, embora devam quadruplicar em 2005, desagradam os opositores: só atingirão R$ 100 milhões. (Valor/F8)