Califórnia impõe controle obrigatório contra poluição do ar
2004-12-20
E. San Martin (Nova York)
O governo da Califórnia aprovou controle mandatório das emissões de motores a diesel no estado, reconhecendo o fracasso da política de controle voluntário defendida pelo setor de transporte rodoviário. Vários grupos ambientalistas aplaudiram a medida, sugerindo que seja adotada por outros estados, onde Environmental Protection Agency enfrenta problema semelhante. Os fabricantes de automóveis já entraram na Justiça contra outra medida estadual, exigindo que os novos automóveis poluam menos. Só na Califórnia, a medida afetará os cerca de 60 mil caminhões com placa daquele estado e outros 400 mil de outros estados que circulam pelas estradas da Calicória.
Passivo dividido
Voluntariamente, apenas 18% da frota em circulação foi reformada. O acordo com fabricantes e transportadores previa uma revisão de 35% dos motores até novembro de 2005 e 100% até 2008. Pela decisão do Air Resourdes Board californiano, caberá exclusivamente às transportadoras arcar com os custos para modificação de seus motores. Os fabricantes destes veículos, porém, terão que substituir aparelhos mascaradores do smog instalados na fábrica nos modelos de 1993 a 1999.
Briga na Justiça
Nas estimativas oficiais, a simples remoção do mascarador por um verdadeiro filtro na frota licenciada na Califórnia já retiraria do ar, diariamente, 30 toneladas de poluentes do óleo diesel. Isto corresponde à poluição de um milhão de carros à gasolina. A Engine Maanufacteres Association e a California Trucking Association não comentaram a medida, mas anteciparam que poderão recorrer contra a medida na Justiça. Atualmente, nove frabricantes de automóveis já processam o estado da Califórnia para revogação da lei que impõe novos limites aos poluentes de automotores responsáveis aquecimento climático. Desde setembro, a Califórnia estabeleceu que estas emissões devem diminuir 30% até 2016. Para isto, será necessário que, os novos carros de passeio façam cerca de 20 km por litro de gasolina, os utilitários mais de 10 km por livro.
Contra o inevitável
Estas metas só seráo atingidas pela redução do tamanho e aumento da eficiência dos motores. Mas a adquação aumentaria o preço final dos automóveis em até US$ 3 mil. Um portavoz da Alliance of Automobile Manufacturers disse que, em vez de tornar compuslórias, o estado deveria criar incentivos fiscais ao consumidor que escolha o veículo menos poluente. Steve Westly, controlador público da Califórnia, comentou que todos ganhariam mais investindo em tecnologias não poluentes, do que lutando na justiça contra o inevitável.