Encerra-se hoje o encontro da Comissão Transfronteiriça de Santana do Livramento e Rivera, no Uruguai. É o programa-piloto do Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani (SAG), iniciado ontem (16/12), em Rivera.

O projeto, que se iniciou em 2003, envolve Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, e deverá beneficiar 70 milhões de pessoas. Dos US$ 27 milhões da iniciativa, US$ 1 milhão serão aplicados nos dois municípios, atendendo em saneamento mais de 170 mil habitantes. O Aqüífero Guarani é uma das maiores fontes de água potável do mundo.

Hoje, será definido o local onde funcionará a secretaria binacional do projeto- piloto, com sede em Rivera. As duas cidades vizinhas apostam no combate à contaminação da água em superfície. Na região, o aqüífero percorre 750 quilômetros quadrados.

- Precisamos resolver problemas de saneamento comuns para evitar a contaminação do Aqüífero, que é de extrema importância mundial. Até o momento, foram concretizados o estudo técnico e os planos de gestão nas comunidades. Agora teremos uma sede própria - comemora Marne Osório Lima, diretor de salubridade, higiene e ambiente de Rivera, um dos coordenadores do programa.

Conforme Lima, cerca de 40% de Rivera já tem saneamento e o abastecimento atende 98% da população. Em Livramento, há 48% de saneamento concluído e 100% da cidade abastecida. Os dois municípios são uma das quatro áreas de estudo do projeto, além de Concórdia (Argentina) e Salto (Uruguai), Trinidad e Bella Vista (Paraguai) e Ribeirão Preto (Brasil). Implementado pelo Banco Mundial, em parceria com o Fundo Global para o Meio Ambiente e a Organização dos Estados Americanos, o projeto pretende alcançar a gestão e o uso sustentável do SAG nos quatro países. O principal uso é para abastecimento de populações, além de indústrias, irrigação agrícola e turismo termal. (ZH 17/12)