Dois grupos de norte-americanos estiveram nesta quinta-feira (16/12) na Conferência das Partes (COP 10), em Buenos Aires, para falar sobre aquecimento global: o dos Estados Unidos, que se opõe ao controle das emissões de carbono, e o de Estados dos Estados Unidos, do Maine a Delaware, que planejam impor tal controle. –É algo de face a face, assinala a coordenadora do esforço de nove Estados norte-americanos Kenneth Colburn, afirmando que trata-se de um desafio à administração do presidente George W. Bush. –Eles estão fazendo o que eles pensam que devem ser feito, acrescenta ela, referindo-se ao grupo de Estados que desafia a orientação federal norte-americana quanto à política climática. Conforme Colburn, tais Estados deverão até incluir vínculos com os europeus em um esquema paralelo de emissões, embora uma expressão chave dos republicanos seja um grande ceticismo no Congresso. A situação norte-americana no que se refere ao controle das emissões de gases de efeito estufa foi discutida na COP 10, onde delegados de nações envolvidas estão preenchendo os últimos detalhes para a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, a partir de 16 de fevereiro próximo. Os Estados Unidos, contudo, não faz parte dessas nações (30, no total) envolvidas. A administração Bush rejeitou Kyoto, protestando quanto ao fato de que o acordo prejudicará a economia norte-americana e quanto ao fato de que o acordo deveria também incluir nações consideradas pobres, como Índia e China. Mas, no lado do grupo chamado federação norte-americana, as idéias são outras. –Os Estados Unidos são Estados com s, disse Fred Butler, um comissário de Nova Jersey que representa a posição alternativa no encontro da ONU. Segundo ele, os 50 Estados são 50 laboratórios de idéias. (ABC News, 16/12)