Análise da presença de algas como indicador da qualidade da água
2004-12-17
1) As regiões onde foi detectada a maior presença de cianobactérias (algas azuis) POTENCIALMENTE tóxicas foram os reservatórios do rio São Francisco e o rio Tocantins. Especialmente destacamos as águas represadas do S Francisco, como estando em estado mais avançado de degradação face à maior ação do homem e ao clima semi-árido da região, os quais favorecem o crescimento destas algas. Já o rio Tocantins conta com a presença destas cianobactérias, mas ainda em pequena quantidade. Caso ocorra ação humana sem cuidado, por exemplo com o destino e tratamento adequado dos esgotos de cidades, o rio Tocantins e seus reservatórios poderão também vir a ter florações destas algas POTENCIALMENTE tóxicas.
2) Acreditamos também que deva existir relação entre as elevadas concentrações de cianobactérias nos reservatórios que foram alagados sem antes realizar a retirada da vegetação.
3) O Rio Araguaia destacou-se por ter apresentado uma alta riqueza de espécies (=alta biodiversidade), bem acima da média nacional analisada até o momento neste projeto.
4) Estima-se que, até o final do projeto, sejam registradas aproximadamente 1.000 espécies diferentes de micro-algas que flutuam nos rios, lagos e reservatórios estudados (=fitoplâncton). Isso pode representar ¼ das espécies de algas do plâncton em águas continentais de todo o mundo de acordo com estimativas existentes na literatura.