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emissões de co2
2004-12-17
Apesar de ter reconhecido publicamente sua aversão à participação em cúpulas internacionais, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, marcou presença no dia 15 na 10 Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-10) e tomou a defesa dos países em desenvolvimento que, desde o início do encontro, na semana passada, vêm sendo pressionados a reduzir suas emissões de gases-estufa. Argentina e Brasil não pretendem assumir compromissos de redução de emissões que ponham em risco seu desenvolvimento. Kirchner acusou os países ricos de serem imorais, pois exigem o pagamento da dívida externa, mas não admitem saldar a dívida ambiental contraída com os países menos desenvolvidos. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente divulgados no mesmo dia, entre janeiro e outubro deste ano, os desastres ambientais custaram US$ 35 bilhões às companhias de seguro, bem acima dos US$ 16 bilhões gastos em 2003. Somente nos EUA, as seguradoras tiveram de encarar um prejuízo de US$ 26 bilhões. O Pnuma estima que nos primeiros dez meses de 2004, fenômenos associados ao desequilíbrio ambiental, como furacões, inundações e secas, trouxeram um prejuízo de US$ 90 bilhões para a economia mundial. A situação é delicada e a Argentina, que em 2001 decretou uma moratória (deixando de pagar algo em torno de US$ 80 bilhões), buscou reforçar a posição dos países em desenvolvimento, principais vítimas das mudanças climáticas. — Nós, que temos dívidas financeiras enormes, somos, ao mesmo tempo, os maiores credores ambientais do planeta, já que temos uma reserva ambiental que não recebe qualquer tipo de compensação por parte de seus devedores ambientais, enfatizou Kirchner, numa clara crítica aos EUA e aos países da União Européia (UE), principais emissores do planeta. O presidente argentino, que buscou reforçar sua fama de duro nas negociações externas, assegurou que a sobreposição do mapa dos credores financeiros com o dos países que mais contribuem para a degradação climática revela simétricas coincidências. — Não podemos aceitar a dupla moral que significa exigir o pagamento dos compromissos financeiros dos países em desenvolvimento e, paralelamente, evitar o compromisso com a preservação da vida, encarnado nesta convenção e no Protocolo de Kioto (acordo para a redução de emissões que não foi ratificado pelos EUA, maior poluidor do planeta), assegurou Kirchner. A posição adotada pelo governo argentino foi respaldada pelo Brasil, que foi representado na convenção pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. — O Brasil não abre mão de fazer uma leitura histórica deste processo (de aquecimento global). Não vamos cair em armadilhas, afirmou Campos, em referência à intenção dos países mais desenvolvidos de exigir que países como Brasil e China, que integram a lista dos dez maiores emissores do planeta, assumam compromissos concretos para reduzir suas emissões poluentes.

Ministro destaca combate ao desmatamento
Na visão dos europeus, por exemplo, o Brasil, ao ser considerado o sexto maior emissor do mundo, deve negociar o cumprimento de metas para serem cumpridas depois de 2012, último ano de vigência do Protocolo de Kioto. O acordo, assinado em 1997, estabelece que, entre 2008 e 2012, os países mais desenvolvidos deverão reduzir em 5,2% suas emissões. — Que pressionem os países que ainda não ratificaram Kioto como estão fazendo com o Brasil. Se a preocupação são as queimadas (na Amazônia), podem ficar sossegados, frisou Eduardo Campos, que destacou o esforço do governo Lula para combater o desmatamento das florestas brasileiras. De acordo com o inventário brasileiro, 75% das emissões de CO2 (principal gás relacionado ao aquecimento global) do Brasil vêm das queimadas na Amazônia. Ontem, o Greenpeace exigiu ações imediatas para a proteção da Amazônia. De acordo com dados da organização, desde a Rio-92, a Amazônia perdeu mais de 230 mil km2 de floresta devido às atividades humanas. (O Globo 16/12)

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