Por Débora Cruz (Porto Alegre)
Foi lançado ontem (15/12), em Porto Alegre, o Guia de Reciclagem do Rio Grande do Sul 2005. Resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - Seção RS, Copesul e Federação das Associações de Recicladores de Resíduos Sólidos do RS, o guia informa como separar o lixo, traz explicações sobre os vários tipos de plástico que podem ser reciclados e ainda a localização e os contatos de associações de reciclagem e catadores do Estado.
O assessor de Comunicação e Marketing da Copesul João Ruy Dornelles Freire, afirma que essa é uma das ações a favor do meio ambiente que a companhia desenvolveu neste ano. ? Uma das funções do guia é tentar qualificar o trabalho dos catadores, gerando emprego, renda e recuperando uma parte do tecido social. Freire ressalta que os investimentos da Copesul na área ambiental em 2004 foram de cerca de R$ 150 mil.
O Guia de Reciclagem tenta proporcionar subsídios para melhorar o trabalho dos que lidam diariamente com o lixo. ? Uma das intenções é enfrentar a informalidade que prejudica grande parte dos catadores organizados, informou a coordenadora geral da FARRGS, Eliane Nunes Peres. Ela afirma que muitas vezes os catadores informais recolhem a parte melhor do lixo, deixando para os que chegam depois sacolas de supermercado ou isopor, que têm pouco valor na hora da venda. Incentivar a profissionalização e organização dos catadores seria uma das soluções viáveis para solucionar o problema.
Segundo a coordenadora da Câmara Técnica de Resíduos Sólidos da ABES/RS Jussara Pires, o Rio Grande do Sul recicla somente 15% de todo o lixo que produz. Ainda assim, está entre os estados brasileiros mais organizados em relação ao reaproveitamento do lixo, com 80 municípios possuindo sistema de coleta seletiva. Só em Porto Alegre existem hoje cerca de sete mil catadores sobrevivendo da atividade. Destinado a recicladores, catadores e organizações ligadas à preservação ambiental, a publicação teve tiragem de 2 mil exemplares.