Localizado à margem do Rio Amazonas a 240 quilômetros de Manaus, o município de Itacoatiara, na Região Norte, descobriu no cavaco de madeira uma solução energética, econômica e social. Os resíduos antes descartados pelas madeireiras agora alimentam as turbinas de uma pequena termoelétrica, de 9MW. A usina abastece toda a cidade e atende a cerca de 80 mil habitantes. A nova central economiza perto de 20 milhões de litros de óleo diesel por ano e reduz os impactos ambientais.

Desde o racionamento, projetos como o de Itacoatiara estão se espalhando pelo País, apesar de o programa de incentivo às fontes alternativas, o Proinfa, só ter sido lençado na semana passada pelo Ministério de Minas e Energia. São pequenas unidades, boa parte delas movida a combustíveis alternativos, como cavaco de madeira, casca de arroz, lixo e bagaço de cana, entre outros.

Essas usinas têm sido uma ótima opção para sistemas isolados, como o do Norte do País, cuja eletricidade é produzida a base de óleo combustível, caro e poluente, diz o superintendente de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jamil Abid. (JC, 2º Caderno, 3)