Comitê dos lordes critica falta de urgência com resíduos radiativos
2004-12-16
O lento progresso do governo britânico no desenvolvimento de
uma política de gerenciamento coerente em relação à política
de gerenciamento de resíduos foi salientado na sexta-feira
passada (10/12) em um relatório crítico elaborado por pares
do comitê de lordes do governo britânico. O Comitê Seleto de
Ciência e Tecnologia da Casa dos Lordes disse que foi
desapontador que, sem consultar seus próprios especialistas,
o governo britânico tenha instruído um novo conselho, o
Comitê de Gerenciamento de Resíduos Radiativos (CoRWM) para
começar do zero, a despeito de um amplo consenso científico
internacional de que a disposição ou o armazenamento de
resíduos radiativos no subsolo seja uma solução segura, em
longo prazo. Um dos notáveis, Lord Oxburgh disse que, em
1976, a Comissão Real de Poluição Ambiental enfatizou a
necessidade urgente de encontrar-se uma solução de longo
prazo para o armazenamento de resíduos radiativos. Em março
de 1999 e, novamente, em novembro de 2001, o mesmo comitê
argumentou a necessidade de rápida ação neste caso, mas ainda
não havia progressos firmes, mesmo depois de os eventos de 11
de setembro terem levantado questões a respeito da
vulnerabilidade da existência de unidades de armazenamento.
Oxburgh disse que o governo perdeu a noção de falta de
urgência. Segundo ele, o Reino Unido tem gerado resíduos
radiativos por mais de meio século, mas o governo ainda não
se decidiu sobre como lidar com eles. Os ministros parecem
fazer uso de consultas perpétuas para decisões que são
cruciais. (The Independent 13/12)