Mau tempo complica limpeza de combustível derramado no Alasca
2004-12-16
O mau tempo complicou a limpeza neste domingo (12/12) do derramamento de combustível em uma reserva de fauna e flora no Alasca e, além disso, o cargueiro malaio acidentado continua vazando óleo no mar, informaram funcionários.
Os ventos fortes e as ondas altas do Refúgio Nacional de Vida Silvestre Marítima do Alasca dificultam os trabalhos de avaliação dos danos causados à reserva, que tinha cerca de 40 milhões de aves e inúmeros mamíferos marinhos, incluindo o leão-marinho Steller, ameaçado de extinção.
Os funcionários da Guarda Costeira americana adotaram medidas este domingo para tentar proteger os salmões do óleo derramado, indicou a porta-voz Cindy Marshall.
- Colocamos barreiras flutuantes em volta da mancha para tentar impedir o avanço do óleo, que ameaça três áreas ricas em salmão, explicou.
O cargueiro de bandeira malaia Selendang Ayu se partiu em dois, quarta-feira passada, ao naufragar durante uma tormenta na frente da mesma costa onde o petroleiro Exxon Valdez encalhou, provocando o pior derramamento de petróleo do mundo em 1989.
Uma análise aérea do naufrágio do Selendang Ayu mostrou que ambas partes do navio continuam derramando combustível na água, embora não tenha dado para verificar quantos tanques foram afetados, segundo relatório do Departamento de Conservação Ambiental do Alasca.
Dez dos 26 tripulantes do Selendang Ayu chegaram sábado a Dutch Harbor, Alasca, onde deveriam se reunir com agentes da Junta Nacional de Segurança no Transporte americano (NTSB, por suas siglas em inglês).
A NTSB investiga o naufrágio e o posterior acidente de um helicóptero da Guarda Costeira no que deixou seis tripulantes do nacio desaparecidos, pouco depois de serem resgatados. (FSP 13/12)