Despejo de objetos velhos no Tietê atrapalha limpeza do rio
2004-12-16
Inspirado no sucesso do Tâmisa, o projeto de despoluição do Rio Tietê, coordenado pelo governo do Estado de São Paulo, só deverá terminar em 2030. No fim do ano que vem, já terá custado US$ 1,5 bilhão. A agência de saneamento fez 290 mil ligações domiciliares, construiu 33 quilômetros de dutos de esgoto e aumentou a capacidade de tratamento de 24% para 62%.
Com isso, conseguiu evitar que 300 milhões de litros de esgoto deixassem de ser despejados por dia no rio. Ainda falta localizar as indústrias clandestinas que jogam substâncias tóxicas em ligações secretas. Mas os primeiros resultados já são visíveis.
Em duas cidades, como Salto e Itu, os peixes voltaram a povoar as águas do rio. Porém todo esse trabalho não impede que 300 toneladas de lixo sejam jogadas no rio por ano por quem mora ou passa perto das margens. São sacolas plásticas, garrafas, latas, caixas, pneus e até sofás velhos. O problema é que, em dez anos, esses dejetos serão 65% da sujeira no rio. (Época nº343)