Prefeituras e Fepam tentam acordo sobre avanço das dunas
2004-12-16
Enquanto organismos públicos não se entendem, dunas avançam sobre ruas, calçadas e acessos à orla, revoltando comunidades do Litoral Norte gaúcho, às vésperas do veraneio.
As maiores queixas vêm de Xangri-Lá, onde toneladas de areia soterram uma passarela de madeira e provocam alagamentos nas vias à beira-mar no balneário Atlântida.
— Há três anos, depois de muita luta, conseguimos que fosse erguida a passarela. É um acesso nobre para a praia. Construímos ao lado uma área de lazer, com calçada, bancos e jardim. Infelizmente, o patrimônio público está totalmente inutilizado por causa da burocracia, lamenta Mario Sperry, presidente da Sociedade dos Amigos do Balneário Atlântida.
Além do dano à passarela, Sperry lembra que a areia obstruiu uma canalização que levava água da chuva para o mar. Em Capão da Canoa, acessos ao mar estão bloqueados e calçadas danificadas. — Fico indignado ao ver as areias tomando conta do passeio à beira-mar - reclama o veranista Sérgio Monteiro. Prefeituras e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) estão no centro da questão. De um lado, estão os municípios sem estrutura para seguir regras de remoção. De outro, a Fepam exigindo o cumprimento da legislação para liberar a movimentação das dunas. (O Pioneiro, 15/12)