A Argentina pretende debater questões sobre o que fazer em relação à mudança climática a partir de 2005, quando vence o prazo do Protocolo de Kyoto. Apesar de alguns países como os Estados Unidos e a Austrália negarem-se a assinar o protocolo, que obriga as nações industrializadas a reduzirem os gases de efeito estufa, na Convenção sobre a Mudança Climática (COP 10) ganha consenso uma proposta argentina que permitirá começar a discutir medidas que devem ser tomadas após 2012, quando vence o tratado. Já em 1997, quando se firmou o protocolo, alguns países e sobretudo as ONGs ambientalistas sustentavam que as percentagens de redução dos gases de efeito estufa, a concretizarem-se entre 2008 e 2012, não eram suficientes para frear o aquecimento do planeta que provoca a mudança climática. Após a recente confirmação da Rússia quanto à assinatura do acordo, o mesmo entra em vigor dia 16 de fevereiro próximo. Mas os países que aderiram ao compromisso representam as emissões de apenas 61,6% dos gases de efeito estufa. A Argentina pretende realizar debates em abril, maio ou setembro. Segundo o chefe da delegação argentina, Raúl Estrada Oyuela, os seminarios serão abertos a delegados de todos os países e especialistas governamentais em mudanças climáticas. (Clarín 11/12)