A forma de produção e comercialização do biodiesel em Mato Grosso será discutida hoje (14/12). O andamento do Programa de Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Probiomat) será discutido em uma reunião na Fapemat. Nela serão definidas as diretrizes do programa, buscando estabelecer, por exemplo, que tipo de planta oleaginosa será cultivada no Estado e o incentivo ao plantio em assentamentos organizados.

A reunião contará com a presença do técnico do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Roberto Terras, e da consultora do ministério, Edna Carmélio, além de representantes Incra, da Empaer e da Embrapa, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), da UFMT, da Unemat, da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec), do MST e do Intermat.

- Vamos definir que rota seguiremos no estado, tratando de temas como a comercialização, por exemplo, disse o coordenador geral de Convênios e Projetos da Fapemat, Alexandre Golemo. Ele informa que há uma grande possibilidade de que a cultura escolhida para o plantio em Mato Grosso seja o girassol que, além de apresentar melhor adaptação à região, produz uma boa quantidade de óleo.

Para Mato Grosso, a Medida Provisória que autorizou a adição de 2% de biodisel ao disel comum a partir de 2005 significará uma redução de 800 milhões de litros de diesel importado, ou seja, uma economia de R$ 36 milhões por ano. Há ainda os ganhos para o ambiente. – O acréscimo de 2% diminuirá em 8% a emissão de fuligem. Além disso, nosso biodiesel será produzido com o nosso próprio álcool, que é uma fonte renovável. Outros países produzem o biodiesel com o uso do metanol, que é derivado do petróleo, explica Golemo. (Diário de Cuiabá 13/12)