Um grupo de ambientalistas coordenado pelo Instituto Hórus e apoiado pela SPVS vai promover, hoje (14/12), uma limpeza de espécies exóticas invasoras em uma área da Serra da Graciosa, no Paraná. - É uma provocação. Para preservar é preciso cortar árvores. - explica o veterinário Clóvis Borges, diretor da organização Sociedade de Pesquisa de Vida Selvagem. - Pínus é ótimo em reflorestamento. Fora dele, machado! -

O contra-senso de ver um ambientalista derrubar pínus ou arrancar inocentes beijos e açucenas de beira de estrada expõe um drama maior. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, organismos invasores são a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo, atrás do desmatamento.

Importadas de outros continentes, essas espécies não possuem predadores naturais no país, por isso se reproduzem rapidamente, expulsando as espécies nativas, como ipês, cedros e canjeranas e, conseqüentemente, eliminando animais que dependem dessas plantas para a sobrevivência.

O Instituto Hórus disponibiliza informações no site www.institutohorus.org.br, lista espécies invasoras e ensina a eliminar ou substituir algumas. É uma informação útil num país que tem 20% da biodiversidade mundial, mas aprecia os exóticos. (Época, nº343)