Os britânicos provavelmente perderão alvos chave na sua luta contra o aquecimento global, admitiram autoridades ligadas ao governo, semana passada. Segundo essas fontes, próximas ao ganinete do premiê Tony Blair, os cortes britânicos nas emissões de dióxido de carbono, o principal gás estufa, poderiam cair muito pouco em relação à quantidade prometida pelo Partido Trabalhador. Até 2010, o Reino Unido deve atingir 14% de corte nas emissões de dióxido de carbono, relativamente aos níveis apresentados em 1990. Isto é pouco se comparado com uma redução planejada de 20%, estabelecida já em 1994 pelo Partido Trabalhador. De acordo com o Protocolo de Kyoto, a meta britânica é de reduzir em 12,5% as emissões de CO2, e uma meta mais ambiciosa agora parece, de fato, duvidosa. Para Tony Juniper, diretor-executivo da Amigos da Terra, o governo terá que fazer cortes significativos nas emissões de CO2, se quiser ter a liderança do mundo em termos de mudança climática. Ele sugere a substituição de velhas usinas movidas a carvão, buscando incentivos econômicos que encoragem e eficiência energética e menor poluição nas opções de transportes. — A menos que uma ação radical seja adotada, vamos pagar o preço, assinalou Juniper. (The Independent 09/12)