Relatório britânico recomenda criação de reservas para prevenir pesca
2004-12-13
A pesca deveria ser proibida em um terço das águas britânicas para proteger o ambiente marinho, recomendou no dia 07/12, em um relatório, a Comissão Real sobre Contaminação Ambiental do Reino Unido. Segundo o presidente da comissão, Tom Blundell, que assessora o governo britânico, o mar devia ser tratado da mesma forma que as espécies terrestres em vias de extinção. — O ambiente marinho é atualmente regulado em função de uma presunção favorável de pesca. Temos de inverter isso, afirmou Blundell. — Precisamos dar passos para permitir a recuperação do ambiente marinho. Deviam criar-se reservas marinhas para proteger 30% das águas do Reino Unido, incluindo o Mar do Norte e o Mar da Irlanda, acrescentou. O relatório considera que falharam as políticas de controle de pesca e defende a passagem da exploração comercial intensiva para uma atitude de atenção à proteção do ambiente marinho a longo prazo. O documento, intitulado Mudar a maré: o impacto da pesca no ambiente marinho e que resultou de dois anos de estudos, diz que a pesca constitui a maior ameaça aos mares, não só no Reino Unido, mas em todo o mundo. Caso não sejam tomadas medidas para proteger o mar de décadas de pesca intensiva, advertiu Blundell, algumas espécies poderão desaparecer. A gestão dos espaços marinhos, sugere ainda o relatório, deveria englobar as necessidades dos setores de pesca, das centrais eólicas e da prospecção petrolífera e de gás. O documento foi divulgado um dia antes de a Comissão Européia anunciar propostas de reforma da Política Comum de Pesca. (FSP 07/12)