Desabrigados por usina deixam acampamentos
2004-12-09
Os agricultores que terão terras alagadas com a construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande, em Pinhal da Serra, deixaram os acampamentos erguidos em 20 de outubro para impedir o corte da mata de araucária na região.
A decisão foi tomada depois de assembléia na manhã de ontem (08/12). Em contrapartida, a Energética Barra Grande SA, que havia marcado para ontem a retomada do corte, suspendeu a atividade.
Depois de dois meses de conflitos, que culminaram com o assassinato de um operário da Baesa quando ia para o canteiro de obras, o consórcio responsável pela construção da usina e o Movimento de Atingidos por Barragens reabriram as negociações. Uma reunião que durou mais de 10 horas na terça-feira (07/12) terminou sem acordo, mas com promessas de entendimento.
Diretor da Baesa, Carlos Miranda disse que os pedidos do MAB estão sendo estudados e, para evitar conflitos, o corte de madeira seria suspenso temporariamente. Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, quando serão retomadas as negociações. (ZH, 46)