Dez anos após Lei Gaúcha das Águas, esgoto e lixo ainda preocupam
2004-12-09
Ambientalistas, organizações não-governamentais e entidades comunitárias defenderam ontem (08/12) durante o seminário Dez anos da Lei Gaúcha das Águas uma maior integração entre estados, municípios e governo federal, no sentido de avançar em ações que garantam a manutenção e preservação dos recursos hídricos. Essa aproximação teria um objetivo comum combater as duas maiores preocupações dos municípios gaúchos no momento: o destino final do lixo e o tratamento do esgoto sanitário.
O presidente da Assembléia Legislativa, Vieira da Cunha (PDT), manifestou preocupação com a falta de água potável, um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O secretário do Meio Ambiente, Adilson Troca, agradeceu o empenho dos Comitês de Bacias Hidrográficas, universidades, entidades e prefeituras, na luta para despoluir rios, lagoas e fontes subterrâneas. O diretor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-RS), Luiz Timm Grassi, disse que as atividades do Ano Estadual das Águas serviram para descentralizar o debate, até então restrito aos ambientalistas e profissionais. – Tivemos novos protagonistas e setores que nos trouxeram outras linguagens. Acabamos saindo do gueto.
O diretor do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Francisco Paz, disse que o órgão participa da campanha através de ações que envolvem o controle da água para consumo humano, com a capacitação de técnicos de saúde dos 496 municípios. O encontro lembrou os dez anos de aprovação da Lei 10.350, que institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos. (JC, 21)