Servidores do Ibama e da Brigada do Prevfogo da Estação Ecológica (Esec) do Taim estão monitorando o incêndio que ocorre no Banhado do Salis, em Santa Vitória do Palmar, a 120 quilômetros da Esec. As chamas foram detectadas pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama em Brasília na última sexta-feira (03/12). Os técnicos do instituto e os bombeiros do município têm ido ao local, mas não vêm conseguindo fazer o combate, devido ao calor intenso e ao difícil acesso para os veículos da corporação. O administrador da estação, Amauri Mota, informou que a tendência é do fogo se extinguir na medida em que avança na direção da Lagoa Mangueira, desde que não haja mudança no rumo do vento.

O analista ambiental e coordenador da Brigada do Prevfogo, Hamílton Souza, observa que incêndio em vegetação de banhado é de difícil controle. Ressalta, contudo, que as chamas não ameaçam a Esec, já que estão muito distantes e se dirigem para a lagoa. - Nossa preocupação é proteger a área de banhado, onde há grande riqueza de flora e de fauna - frisa. Segundo Souza, as capivaras existentes no Salis estão fugindo da região. Existem suspeitas de que a origem do incêndio, que já atingiu 250 hectares de banhado, seja criminosa. A possibilidade só será confirmada, contudo, depois da extinção das chamas. O Salis está situado na área de amortização da estação ecológica, já que a lagoa constitui o sistema hidrológico sul da unidade de conservação, o de maior contribuição para o Banhado do Taim. (CP, 27)