O surgimento de uma mancha de óleo no canal, na área do cais da Estação Naval em Rio Grande (RS), localizada ao lado do Porto Novo, mobilizou militares ontem (06/12). O produto apareceu nas proximidades do rebocador de alto-mar Tritão, da Marinha, e acabou sendo avistado por membros da tripulação do navio no início da manhã. Logo foi iniciado o monitoramento do local e adotadas medidas para minimizar qualquer dano ambiental que pudesse ocorrer na região.

A equipe de segurança da Transpetro que atua nesse tipo de ocorrência, parte do Plano de Auxílio Mútuo (PAM), colocou barreiras de contenção em torno do ponto atingido. A Marinha contratou dois caminhões com bombas de sucção para fazer o recolhimento do óleo misturado com água, levado depois para tanques de resíduos da empresa, da Superintendência do Porto (Suprg) e da Refinaria Ipiranga. Sobre a quantidade de produto que havia no canal, o capitão dos portos, Delfos Damião, disse que a Transpetro informou que não passava de 30 litros. De acordo com ele, a origem da mancha e o tipo de óleo ainda são desconhecidos.

Apesar de o produto estar perto do rebocador de alto-mar, a tripulação da embarcação garantiu que não o acionou. – Pela análise do óleo verificaremos se é de um dos navios da Marinha ou não, observou o capitão dos portos. A avaliação das amostras também definirá o tipo do produto derramado no canal. Conforme o assessor ambiental da Suprg, Celso Corradi, trata-se de um óleo grosso, parecido com o usado na lubrificação de motores. No início da noite, segundo Delfos Damião, 98% do produto já tinha sido recolhido. Restaram apenas resíduos, que não puderam ser retirados. Por isso, as barreiras de contenção seriam mantidas no local. Os resíduos restantes deverão ser recolhidos hoje (07/12). A assessoria ambiental da Suprg acompanhou as ações. (CP/21)