Hospitais de Buenos Aires: mais de 1,5 milhão de resíduos patógenos/ano
2004-12-07
Gazes utilizadas, restos orgânicos, ataduras, seringas descartáveis. Segundo denúncia do Ente da Cidade, organismo encarregado de controlar os serviços públicos portenhos, a maioria dos resíduos produzidos em hospitais públicos de Buenos Aires é tratada da mesma forma que os resíduos comuns coletados em residências. A denúncia está em um informe elaborado por um dos diretores da entidade, Julio César Balbi. O funcionário acusa a Secretaria da Saúde portenha de não cumprir com as normas de biossegurança básicas no manejo dos resíduos patogênicos que são produzidos em 33 hospitais públicos da Capital argentina e de não permitir seu controle ao Ente da Cidade. No trabalho, que foi apresentado ao Legislativo, incluíram-se mais de cem atas comprobatórias lavradas nos centros de saúde que, segundo Balbi, demonstram o não-cumprimento da Lei Municipal 154 e da Lei Nacional 24.051, que regulam a manipulação, o transporte e o tratamento de lixo hospitalar. Entre outras determinações, as leis ordenam que os resíduos de áreas de isolamento infecto-contagioso, de laboratórios de microbiologia, de serviços de hemodiálises e afins sejam depositados em recipientes vermelhos. Os dejetos orgânicos produzidos em cirurgias, partos, autópsias e anatomia patológica devem ser colocados em recipientes herméticos, como baldes. (Clarín 04/12)