Vazamento de óleo no Rio Delaware foi maior que o anunciado
2004-12-07
Quando foi anunciado o vazamento de óleo do navio grego Athos I, que partiu da Venezuela e acabou sofrendo um acidente em 26 de novembro, no Rio Delaware, nos Estados Unidos, onde vazou petróleo, o incidente parecia gerenciável, pois estava confinado a apenas 30 mil galões, em uma área pequena. Mas as autoridades advertiram, no final da semana passada, que o vazamento, na realidade, chegou a 473,5 mil galões que se espalharam ao longo de 70 milhas da área costeira de três Estados. Investigadores estão tentando determinar até que ponto uma ruptura no casco do navio foi causada por uma hélice propelente de 11 toneladas e de 13 pés de largura que desprendeu-se, em abril passado, de uma draga mantida pela Engenharia das Forças Armadas e que foi deixada no fundo do rio. O vazamento matou pássaros, peixes e tartarugas, além de causar o fechamento de uma planta nuclear e ameaçar dezenas de ecossistemas aquáticos. Atingiu áreas virgens e espalhou-se por três milhas em zonas utilizadas como fonte de abastecimento de água das populações da Filadélfia e do sul de Nova Jersey. Evidentemente, nem se compara este vazamento ao ocorrido em 1989, no Alasca, quando o Exxon Valdez derramou 11 milhões de galões, mas certamente foi o pior vazamento já registrado no Rio Delaware. Mais de mil trabalhadores ainda estavam realizando operações de limpeza no rio, na última sexta-feira (03/12), colocando barreiras absorventes para conter a mancha de óleo. (Los Angeles Times 04/12)