EUA defendem avanços na redução da emissão de gases estufa
2004-12-07
Os EUA defenderam quinta-feira (02/12) seus avanços para reduzir a emissão de gases que provocam o efeito estufa até 2012 e confiam que a conferência sobre mudança climática, que acontece na Argentina, agilize a nova rodada de negociações do Protocolo de Kyoto. A X Conferência da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP-10) realizada em Buenos Aires (Argentina), de 6 a 17 de dezembro, e concentra suas discussões nos mecanismos de adaptação ao aquecimento global. Durante entrevista à imprensa estrangeira, altos cargos do governo defenderam a decisão dos Estados Unidos de não assinar o Protocolo de Kyoto, cuja implementação está prevista para 16 de fevereiro de 2005 e que afetará 128 países signatários. O Protocolo exige que, entre 2008 e 2012, os países industrializados reduzam suas emissões combinadas dos seis grandes gases que provocam o efeito estufa a níveis inferiores aos de 1990. — Estamos muito satisfeitos com o progresso que conseguimos para a redução das emissões, disse Harlan Watson, membro do escritório de assuntos ambientais do Departamento de Estado. Watson explicou que os EUA, um dos países industrializados que contribui para a emissão de gases tóxicos, não têm intenção de se juntarem ao Protocolo de Kyoto porque consideram que suas metas - e o calendário para cumpri-las - são muito rigorosas. No entanto, Watson insistiu que os EUA continuam a caminho de cumprir sua meta de reduzir em 18% a emissão de gases de efeito estufa até o fim desta década. Além disso, defendeu os fortes investimentos do governo em ciência e tecnologia ambiental. Já David Conover, diretor do Programa para Tecnologia sobre Mudança Climática (CCTP) do Departamento de Energia, concordou com Watson que os EUA investiram bastante na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias que promovam a eficiência energética. Em um boletim distribuído à imprensa, o governo dos EUA destacou que o presidente George W. Bush solicitou no orçamento do ano fiscal de 2005 um investimento de 5,8 bilhões de dólares para programas ambientais, incentivos energéticos e assistência internacional. Watson e Conover estão entre os cerca de 40 representantes que integrarão a delegação americana em Buenos Aires na próxima semana. Diversas pesquisas científicas indicaram que as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa elevarão a temperatura média mundial entre 1,4 e 5,8 graus centígrados até o fim do século. A reunião ministerial na Argentina servirá para analisar o impacto do aumento de concentrações de gases estufa e medidas para combatê-lo. (Terra 03/12)