O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto, tornou possível aos países industrializados abaterem de suas metas de redução de gases poluentes os créditos de carbono adquiridos de países em desenvolvimento. No Brasil, a Suzano Bahia Sul, um dos maiores produtores de papel e celulose da América Latina, é a primeira empresa do setor a credenciar um projeto baseado em florestas de eucalipto na Chicago Climate Exchange (CCX), entidade que se dedica às negociações deste crédito. A empresa está habilitada a vender cinco milhões de toneladas de carbono, provenientes de cerca de 40 mil hectares de florestas na Bahia e Espírito Santo, com preço médio que já alcança US$1,80 por tonelada.

Salvador (BA) é a primeira cidade da América Latina a receber créditos de carbono, em função da implantação da usina de captação de gases no antigo aterro sanitário de Canabrava. O lixo decomposto produz o gás metano, altamente poluente, mas que é transformado em energia. A exploração pode render até US$5 milhões, em dez anos, para a cidade. (Correio da Bahia – Pedro Carvalho - 02/12)