Furg participa da reabilitação de aves em Paranaguá
2004-12-06
O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, esteve entre as três organizações brasileiras e uma internacional que combinaram esforços para as operações de resgate e reabilitação da fauna impactada em Paranaguá (Paraná) em decorrência do acidente que culminou com a explosão dos tanques do navio Vicuña. O acidente aconteceu em 15 de novembro e originou uma mancha de óleo de mais de 20 quilômetros de extensão na baía de Paranaguá.
Nos primeiros dez dias, em torno de 70 animais foram afetados, sendo 18 aves, 15 tartarugas-marinhas, dois botos e um gato mourisco, mais peixes, crustáceos e invertebrados. A unidade móvel de reabilitação de fauna da Petrobras foi montada em Paranaguá e cinco embarcações trabalharam no resgate de animais. No começo da operação, seis biguás (Phalacrocorax brasilianus) e dois atobás (Sula leucogaster) afetados pelo acidente foram admitidos vivos no hospital de campo. A equipe do Centro de Recuperação de Animais Marinhos trabalhou em parceria com o Ibama, o IFAW, o Instituto Ecoplan e o SPVS no resgate e reabilitação das aves. A unidade móvel de reabilitação de fauna cedida pela Petrobras e operada pela equipe do Cram foi instalada junto às instalações fixas de apoio do Ibama. — Esta ação foi um exemplo de cooperação e trabalho em equipe entre as organizações envolvidas. Esta é uma região crucial para a fauna, por este motivo teme-se os efeitos de qualquer acidente na área. O mais importante é que pudemos montar o hospital de campo e a unidade de reabilitação de fauna muito rapidamente, estando prontos para atender os animais - ressaltou o diretor do Cram, Lauro Barcellos. (Jornal Agora, 03/12)