Ministério do Meio Ambiente questiona decisão da CTNBio sobre uso de algodão transgênico
2004-12-06
O comércio de sementes de algodão com até 1% de contaminação por organismos geneticamente modificados pode reduzir a pirataria do produto no Brasil, segundo o coordenador-geral da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Jairon do Nascimento. A polêmica sobre a comercialização e plantio deste produto surgiu em novembro, quando a CTNBio autorizou o uso da semente de algodão transgênico na safra 2004/2005. A decisão desagradou o Ministério do Meio Ambiente, que recorreu na última segunda-feira (29).
A CTNBio aceitou o argumento da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas. Segundo Jairon, a associação informou que cerca de 60% das sementes para a próxima safra estão contaminadas com aproximadamente 0,5% de transgênia, ou seja, os produtores não possuem sementes com 100% de pureza para atender às necessidades de consumo. — A CTNBio passou a analisar a questão e então resolveu emitir um parecer técnico recomendando o Ministério da Agricultura a liberar as sementes de algodão convencional contaminadas por transgênicos em até 1%, explica Jairon. (Agência Brasil, 6/12)