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2004-12-06
Com o apoio de moradores do bairro de Palermo, na capital argentina, a Greenpeace e a cooperativa de recuperadores urbanos El Ceibo lançaram o programa Lixo Zero. Trata-se de um plano alternativo de coleta de resíduos que promove a separação de lixo para possibilitar a sua posterior reciclagem e permitir que se reduza a quantidade de rejeitos dispostos em aterros. Para levar a cabo o projeto, os mentores e executores do projeto foram de casa em casa explicando aos moradores os objetivos da mobilização. Os vizinhos que decidiram participar receberam uma bolsa onde deveriam colocar os resíduos recicláveis como papel, cartão, vidro, garrafas de refrigerantes e latas. Depois, os recuperadores passavam nas casas, às quintas-feiras ou sábados, em horários previamente estabelecidos. — Faz pouco tempo que começamos com o projeto, e as pessoas já respondem muito bem. Não é verdade que os portenhos têm determinados hábitos que não pensam em mudar, afirma Verónica Odriozola, coordenadora da campanha de Tóxicos da Greenpeace Argentina. A cooperativa tem 40 integrantes, entre promotores e recuperadores. Em breve, os recuperadores terão um caminhão, comprado com recursos de crédito internacional que a cooperativa recebeu, para trasladar as bolsas até um depósito em Palermo. Lá, eles classificam o lixo e o separam para vender aos recicladores. O projeto pretende se estender para toda a cidade, e quer que os legisladores portenhos sancionem uma Lei de Lixo Zero para Buenos Aires. Os ecologistas querem a adoção de um cronograma obrigatório do abandono do uso do aterro sanitário e um aumento da recuperação da reciclagem. Prevêem uma redução de 50% dos resíduos enterrados en 5 anos e de 75% em 10 anos, chegando a não enterrar resíduos a partir de 2020. (Clarín 03/12)

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