Um estudo lançado há alguns dias segundo o qual lavouras modificadas geneticamente não trazem prejuízos ambientais ao país está alimentando um fervoroso debate na Inglaterra, onde os ambientalistas contestam o que foi publicado. Eles estão pronto para debater o que consideram a união do governo e da indústria de biotecnologia. A pesquisa, em resumo, alega que, num período de observação de quatro anos, não foram detectadas diferenças significativas entre cultivos geneticamente modificados e não geneticamente alterados em termos de diversidade de flores serlvagens e sementes plantados no mesmo campo, fonte de alimento para pássaros e outros animais. Para a ONG Amigos da Terra, a pesquisa parece confirmar o medo de que organismos geneticamente alterados sofram dificuldades econômicas de colocação no mercado, em razão do temor de que possam se misturar aos não geneticamente alterados. Para o coordenador de campanhas de OGM da Amigos da Terra, Emily Diamand, as sementes convencionais poderão estar ameaçadas com a contaminação pelas modificadas geneticamente, trazendo problemas para os produtores rurais. O estudo, intitulado Brilhante – as Implicações Botânicas e Rotacionais à Tolerância a Herbicidas de Geneticamente Modificados, concluiu que a rotação de sementes geneticamente alteradas não traz danos ao solo nem à vida de pássaros e outras formas de vida que dependem dessas sementes. (The Independent 02/12)