Bi, tri, tetracombustível
2004-12-02
Os veículos equipados com motor flexível devem fechar o ano com cerca de 35% do segmento de automóveis e comerciais leves no mercado brasileiro, o equivalente a cerca de 300 mil unidades. Em pouco mais de um ano, o bicombustível deixou de ser novidade e deu lugar para o tricombustível. Em 2005 será a vez do propulsor tetra combustível que queimará gasolina pura (internacional - E0), gasolina com álcool anidro (brasileira - E 25) ou álcool hidratado em qualquer proporção e ainda gás natural veicular (GNV).
Novas montadoras, como a Citroën e a Peugeot, terão o C3 e o 206 com motor 1.6 flexível. A Volkswagen ampliará as opções de veículos, enquanto a General Motors e a Fiat deverão ter motores 1.0 também flexíveis como equipamento do gaúcho Celta e do mineiro Mille. O próximo modelo da Ford com motor Flex será o Ecosport, ainda no primeiro semestre de 2005. Os japoneses já admitem a viabilidade dos motores bicombustível. Nos próximos dois anos, todos os modelos da Volkswagen e a maioria da Ford e da GM deverão ser da linha Flex. Na Fiat, apenas os motores 2.0 e 2.4 continuarão só a gasolina.
Os propulsores que queimam álcool hidratado e gasolina pura ou com mistura de álcool anidro continuarão evoluindo. Os novos motores serão mesmo tricombustível, considerando a possibilidade de uso de dois tipos de gasolina. O destaque ficará com os que permitirão ainda o uso do GNV. As montadoras fazem segredo, mas a Fiat deverá ser uma das primeiras na tecnologia tetracombustível. Também em breve dispensarão o sistema de partida a frio, como já ocorre com o Chevrolet Astra Multiflex. (ZH, Sobre Rodas, Capa)