A única areieira que ainda continuava operando com sua draga no Rio Jacuí foi interditada terça-feira (30/11) à tarde pelo comandante do 3º Pelotão de Polícia Ambiental, sargento Márcio Palma de Brito. Durante um vistoria requisitada pela promotora de Justiça Tatiana Alster, os policiais constataram que a empresa não possui as licenças de operação da embarcação e do depósito e que a da área de extração está vencida. O comandante Brito explica que a irregularidade não havia sido detectada pelo geólogo Nilo Sérgio Fernandes Barbosa, da divisão de controle de mineração da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que na última sexta-feira interditou outras cinco areieiras por falta das licenças de operação. Barbosa esteve novamente em Cachoeira na terça-feira e concedeu um prazo de 60 dias para que as cinco areieiras apresentem a documentação necessária para obter as licenças de operação.

Os policiais flagraram durante a vistoria uma draga extraindo areia em frente à Praia Nova, onde é proibido pela Lei Municipal número 2.081, de 1985. Em uma outra areieira foi constatado o corte seletivo de árvores de eucalipto que se encontravam em área de preservação ambiental. No local também havia extração de areia fora do rio, o que resultou na emissão de um auto de infração. - Todas as empresas estão impedidas de exercer suas atividades até a apresentação das licenças necessárias. Os infratores responderão por crime ambiental na esfera administrativa, cível e penal. Foram infrigidas duas leis, um decreto e uma resolução - afirmou o comandante Brito. As areieiras ainda podem vender seus estoques. Quando eles acabarem, se a situação das empresas não estiver regularizada, os cachoeirenses terão que comprar areia de outras cidades, pagando bem mais caro. (Jornal do Povo, 01/12)