EPA pode testar humanos sobre presença de substâncias químicas
2004-12-02
Ao estabelecer limites para substâncias químicas em alimentos e na água, a Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA) deverá realizar testes de exposição de pessoas a substâncias venenosas, o que abre uma discussão ética. Uma nova política com esta natureza, que a EPA está ainda desenvolvendo, permitirá à administração do governo George W. Bush apontar referenciais para quaisquer disputas éticas. Técnicos da agência estão finalizando um plano para esta área, numa abordagem caso a caso. — Estamos verificando cada estudo em seus termos individuais e a aceitação de estudos, a não ser que eles sejam antiéticos ou tenham deficiências significativas, afirma Bill Jordan, conselheiro de política da EPA para o Programa de Pesticidas. — Estamos em fase de tomar decisões acerca desses estudos. Não há garantias de que os dados serão aceitos, nem de que serão rejeitados, complementa. Jordan explicou ainda que o sistema é adequado ao programa de cada escritório da EPA para que os técnicos analisem os estudos e, havendo qualquer motivo para preocupação, os mesmos serão levados a níveis superiores da agência, inclusive podendo-se contar com pares de bioeticistas externos para as avaliações. Segundo fabricantes de pesticidas, testes humanos permitem resultados mais acurados sobre os riscos de seus produtos para humanos e para o meio ambiente. Tais fabricantes dizem seguir as diretrizes de segurança estabelecidas pelo Congresso, pela EPA, por cortes e por grupos de cientistas. (NY Times 30/11)