No mínimo 8 mil litros de metanol vazaram de um caminhão carregado com a substância, no início da noite de domingo (28/11). O veículo seguia do Rio de Janeiro para Uberaba, e o vazamento afetou diretamente a captação de água do Rio Atibaia, entre os municípios de Campinas e Valinhos, e a captação de água da indústria Merck Sharp. O caminhão que levava o metanol foi atingido, na parte traseira, por outro caminhão, na altura do quilômetro 108 da Rodovia D. Pedro I, no município de Itatiba. A Sanasa, companhia de saneamento de Campinas, voltou a captar água por volta do meio-dia de segunda-feira (29/11), depois de concluir que não havia maiores riscos de potabilidade e em razão de já estar faltando água em alguns bairros do município. Como não existem parâmetros para a presença do metanol na água, a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) não pode fazer análises em seus laboratórios. Os exames preliminares foram feitos pela Rhodia, de Paulínia, que analisou as amostras coletadas pela agência ambiental. O monitoramento deve prosseguir nos próximos dias para avaliação dos impactos causados e a definição das possíveis penalidades. Em Paulínia, a agência ambiental também está fazendo monitoramento na altura da captação do município de Sumaré. Ainda não foi observada nenhuma alteração na água nesse local, embora tenha sido registrada mortandade de peixe na altura do ribeirão Anhumas, que pode ter sido provocada esgoto doméstico. O atendimento ao acidente envolveu o Corpo de Bombeiros, a agência ambiental de Campinas I e a equipe do Setor de Atendimento a Emergências. Ainda na noite de segunda-feira (29/11) foi feito o transbordo da carga remanescente do caminhão acidentado para outro caminhão, que seguiu viagem para o município mineiro. A carga transportada inicialmente era de 35 mil litros de metanol.