Foi anunciado ontem (1/12) na plenária da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que em maio de 2005 o primeiro aerogerador do parque eólico de Osório entrará em funcionamento. O parlamentar afirmou que os 75 aerogeradores a serem instalados no município estarão produzindo 150 megawatts de energia no final de 2006. — Estes são os bons ventos que chegam ao Litoral Norte, disse o deputado Ciro Simoni (PDT)i.

O parque eólico de Osório será o primeiro do Brasil em dimensões, e sua implantação será feita pela empresa espanhola Enefrin-Elecnor. O projeto faz parte do Programa de Incentivos às Fontes de Energias Alternativas de Energia Elétrica, do governo do Estado. A capacidade dos ventos existentes no Rio Grande do Sul está sendo estudada em mais 33 pontos, como Rio Grande, Bagé, Livramento e São Francisco de Paula. A intenção do Piratini é que de 10% a 15% dos gaúchos consumam a energia dos ventos a médio prazo. — Em escala comercial, esta tecnologia começou a ser utilizada na década de 70, durante a crise do petróleo. Atualmente, o setor tem crescimento anual de mais de 30%, com as vendas chegando a US$ 2 bilhões/ano, disse o parlamentar. Além da produção de energia alternativa, Simoni afirmou que a região saberá aproveitar este importante investimento também pelo enfoque turístico.

Segundo maior do mundo
O maior parque de geração de energia eólica do Brasil e o segundo do mundo, perdendo apenas para um do Texas (EUA), funcionará até dezembro de 2006 em Osório. — Isso equivale aos investimentos de ampliação da General Motors, de 240 milhões de dólares, e da John Deere, que totaliza 250 milhões, observou o governador durante reunião com o presidente da Enerfin, Guillermo Planas, no Palácio Piratini. –A obra está prevista para começar em maio de 2005, segundo o presidente da Enerfin do Brasil, Telmo Borba Magadan.
Três parques eólicos produzirão 50 megawatts (MW) cada um. Como um aerogerador fornece 2MW, serão instaladas 75 torres no total. Quando as obras estiverem concluídas, os parques poderão ser vistos à direita da freeway, na chegada a Osório. Além dos 150MW produzidos pela Enerfin, já foram confirmados 100 milhões de dólares em investimentos do grupo alemão Innovint para a geração de mais 70MW de energia eólica em Tramandaí. (ZH,24 / CP,capa/Assembléia Legislativo do RS, 1/12)