Vazamentos subterrâneos de combustíveis preocupam no Brasil e no mundo
2004-11-30
O vazamento subterrâneo de combustíveis é uma preocupação crescente no Brasil e mais antiga nos Estados Unidos e na Europa. Segundo a Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA), há cerca de 130 mil locais contaminados por vazamento de combustíveis dos tanques de armazenamento do país. Eles contêm compostos nocivos à saúde como o benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos – hidrocarbonetos (Btex), que contaminam lençóis freáticos, inviabilizando fontes alternativas de abastecimento. — No Brasil, existem aproximadamente 31 mil postos de combustível, sendo que um número significativo deles foi construído na década de 1970. Como a média de vida útil dos tanques subterrâneos é de 25 anos, supõe-se que eles já estejam comprometidos, diz Kassio Gomes de Lima, mestrando do Instituto de Química (IQ) da Unicamp. Em São Paulo, o número de postos de combustível inseridos na listagem de áreas contaminadas, que era de 136 em maio de 2002, cresceu para 464 em outubro de 2003, segundo informa a Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico (Cetesb). Assim, os postos respondem por 63% dos 727 casos registrados no Estado, sendo que entre os demais estão as contaminações por atividades comerciais e industriais, disposição de resíduos e acidentes ferroviários, rodoviários e em dutos.