Indústria poluidora obedece a nova ordem
2004-11-29
Operadora do aterro sanitário de Nova Iguaçu (RJ), a S/A Paulista foi a
primeira empresa no mundo a obter, agora em novembro, o aval da Organização
das Nações Unidas (ONU) de credenciamento aos créditos de carbono. O projeto
aprovado da S/A Paulista, em parceria com a consultora ambiental Deloitte,
vai evitar o lançamento de gás metano, equivalente a 12 milhões de toneladas
de dióxido de carbono (CO2) em 20 anos. Como a cotação de cada tonelada em
créditos varia de 3 a 6 dólares, o projeto poderá receber até 60 milhões de
dólares em duas décadas, cerca de 3 milhões de dólares por ano, avalia o
consultor Adriano de Sousa. Agora, a S/A Paulista irá comercializar os
créditos de carbono no mercado mundial, através da consultoria mundial
EcoSecurities, em busca dos recursos, a fundo perdido, entre as nações do
Anexo I. O custo de habilitação de um projeto de médio ou grande porte varia
de 150 a 200 mil dólares. O crédito de carbono sozinho não viabiliza um
projeto, mas o auxilia, afirma o consultor. (CP, 28/11)