Laudo aprova qualidade da água consumida em Porto Alegre
2004-11-26
A água tratada e fornecida pela prefeitura da Capital pode ser bebida sem risco, conforme comprovam análises realizadas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O Laboratório de Pesquisa e Diagnóstico em Microbiologia da universidade estudou amostras coletadas em bebedouros públicos de três parques (Farroupilha, Moinhos de Vento e Marinha do Brasil) e de três marcas de água mineral (Da Guarda, Sarandi e Fontes de Belém).
Em todas as amostras, verificou-se aspecto, odor e sabor apropriados. As análises indicaram ausência de coliformes fecais e totais.
O estudo, solicitado pela RBS TV, revela que é igualmente saudável consumir a água da torneira ou a água mineral das marcas analisadas.
- Não faz sentido comprar água mineral por medo de beber a da torneira. Muitas vezes se corre mais risco quando se consome água mineral, se ela é produzida por fábricas de fundo de quintal - afirma a professora Sueli Van Der Sand, coordenadora do laboratório.
A coleta da água do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) ocorreu em bebedouros, para evitar o risco de que tubulações ou caixas dágua contaminadas comprometessem os resultados. Segundo Sueli, os usuários devem promover semestralmente a limpeza das caixas de suas residências ou prédios, para garantir que a água consumida mantenha a qualidade. No caso da água mineral, foram adquiridas galões de 20 litros para a pesquisa.
Estações do Dmae fazem análises a cada duas horas
O Dmae não se surpreendeu com o resultado. Conforme Maria Inês Passuello, diretora da Divisão de Tratamento, nas oito estações do departamento a água passa por análises físico-químicas a cada duas horas. Uma análise microbiológica, mais aprofundada, é feita diariamente. Além disso, cerca de 270 pontos da rede de distribuição são estudados uma vez a cada 15 dias.
- Nós mesmos nos fiscalizamos para atender às exigências do Ministério da Saúde - diz Maria Inês. (ZH, 26/11)