Litoral paulista está livre de óleo do acidente no Paraná
2004-11-26
Técnicos da Companhia Tecnológica de Saneamento Ambiental (Cetesb), que realizaram quarta-feira (24/11) uma vistoria aérea no litoral paulista, não detectaram a presença de óleo em decorrência do acidente com o navio Vicuña, de bandeira chilena, ocorrido no último dia 15 de novembro no Porto de Paranaguá, no Paraná. Uma explosão, durante operação de descarga, provocou o derramamento de 5 mil toneladas de metanol e um volume ainda não estimado de óleo combustível, que afetou extensas áreas de manguezais, praias, costões e áreas de maricultura. A operação da Cetesb no litoral paulista foi realizada por volta de 13h em uma aeronave do Grupamento de Rádio Patrulha Aérea da Polícia Militar cedida a pedido do Setor de Operações de Emergência da companhia. Participaram do trabalho o biólogo João Carlos Carvalho Milanelli, do Setor de Operações de Emergência, o técnico Paulo César Lemos Silva, da Agência Ambiental de Registro da Cetesb, além de quatro agentes do batalhao ambiental da Polícia Militar. Foi percorrida uma trajetória de uma milha, no sentido Sul, com retorno no sentido Norte, de seis milhas. No sobrevôo, foram feitos registros em GPS (posicionamento global por satélite) da região vistoriada. Segundo Milanelli, não foi avistado qualquer sinal de óleo, mas foi detectada a presença de algumas manchas de maré vermelha, plumas fluviais de cor amarronzada e algumas plumas de águas interiores escuras ricas em matéria húmica. Foi investigada também a região do Parque de Superagi, Ilha do Mel e Baía de Paranaguá, identificando-se no litoral paranaense algumas manchas de óleo nas águas costeiras, já bastante degradadas. Foi também identificado trecho de aproximadamente 250 metros de costa arenosa na face nordeste da Ilha do Mel, com a presença de óleo contido por barreiras absorventes.