Plantas exóticas são estudadas no Rio Grande do Sul
2004-11-25
No Rio Grande do Sul, um exemplo de invasão ocorre na região de São Francisco de Paula. Nessa região, os campos estão cobertos de pínus, e os capões de araucária - nativas do Estado - estão ficando isolados. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) criou um grupo de trabalho para estudar o problema. O diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Sema, Amaro Dias Robaina, diz que medidas de controle devem constar nos licenciamentos de plantio. Os pedidos de plantio são estudados e, entre as propostas, há obrigatoriedade de fazer a erradicação das árvores que não estão dentro da área licenciada.
A recuperação das áreas de florestas naturais do Estado nos últimos anos foi possível graças ao plantio de espécies exóticas, como o Pinus elliotii e o Pinus taeda. Segundo o Inventário Florestal do Rio Grande do Sul, de 2001, o plantio superou 100 mil hectares em 18 anos. Embora considerado invasor, ambientalistas e pesquisadores concordam com a importância econômica e social do pínus no momento em que o país vive a ameaça do apagão florestal - as florestas plantadas são insuficientes para atender ao consumo de madeira. (ZH, Caderno Ambiente, 4 e 5)