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2004-11-23
Menos de um mês depois de ver seu programa nuclear envolto em polêmica mundial ao limitar a visita de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) às instalações de Resende (RJ), como forma de, com toda razão, preservar o segredo da tecnologia nacional de enriquecimento de urânio em ultracentrífugas, o governo brasileiro se envolve em nova controvérsia.

Dessa vez, não sabe se nega ou confirma a decisão de concluir a usina nuclear de Angra 3. Ou seja, sem a mínima necessidade, provoca mistério onde transparência é palavra-chave.

Um dos seis maiores produtores de urânio do mundo, tendo o domínio do ciclo de obtenção do combustível para usinas termonucleares e após investir mais de um terço dos recursos necessários à construção de Angra 3, por que o país não haveria de concluí-la? Seria insano abandonar o projeto com os mais de um bilhão de dólares lá gastos — toda a parte eletromecânica já foi adquirida — e abrir mão de geração de energia equivalente à produzida por Angra 2.

Não bastassem esses argumentos, o Brasil precisa enfrentar sem delongas o risco de racionamento advindo da dependência quase absoluta dos céus, pois é movido quase que exclusivamente por hidrelétricas. Nessas circunstâncias, e sendo o Programa Nuclear Brasileiro de caráter notoriamente pacífico como é da tradição nacional, não cabem dúvidas: deve o governo romper de vez a timidez, superar os vacilos e levar adiante a empreitada. Como signatário dos tratados de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e de Tlatelolco, que torna a América Latina área livre de armas nucleares, não pode faltar ao país respaldo internacional.

É certo que não dá para recuperar o tempo perdido — equipamentos comprados da Alemanha, incluindo um reator, estão há mais de uma década guardados em galpões no canteiro de obras da usina, consumindo uma fábula de dinheiro em manutenção e segurança. Mas tampouco se pode permitir novos atrasos e desperdícios. As fundações de Angra 3 foram lançadas há vinte e um anos. Angra 1 somente entrou em operação dez anos depois de iniciada, o que resultou num custo total de US$ 2 bilhões, quase sete vezes o orçamento inicial.

O programa nuclear como um todo já consumiu US$ 12 bilhões. Hoje o país não depende de cooperação externa para enriquecer urânio nem para concluir a usina, como bem lembrou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao comentar o acordo com a Alemanha. Tem, pois, a faca e o queijo na mão. (Correio Braziliense, 22/11)

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