Eletrobrás prepara seu planejamento estratégico
2004-11-22
Uma maior inserção da Eletrobrás no cenário internacional e a formação de parcerias entre as empresas do grupo e a iniciativa privada. Estes são os pontos definidos como prioritários pela direção da empresa, que em julho deste ano criou o Comitê de Planejamento Estratégico da Eletrobrás. Além de colaborar no estabelecimento de estratégias, o comitê tem o objetivo de incentivar a sinergia entre as iniciativas das companhias controladas – Chesf, Eletronorte, Furnas, Eletrosul, Eletronuclear e CGTEE. Os representantes deste comitê se reúnem periodicamente para discussão e análise das iniciativas da Eletrobrás a partir das regras do novo modelo do sistema elétrico brasileiro. A atuação internacional da holding, por meio da prestação de serviços no exterior, assim como a busca de parceiros para investimentos em projetos no Brasil estão entre os principais pontos discutidos nessas reuniões. — A empresa vai disponibilizar seu histórico know-how nas áreas de geração e transmissão de energia para se tornar cada vez mais atuante no mercado internacional, afirma o assistente da presidência e coordenador do Comitê de Planejamento Estratégico da Eletrobrás, Ivo Almeida Costa. Uma das formas de ampliar a visibilidade e a transparência do Grupo Eletrobrás no mercado externo se dará com a listagem das ADRs (American Depositary Receipts) de Nível 2 da holding na Bolsa de Valores Nova York (NYSE), o que deve acontecer no primeiro semestre de 2005. Hoje, a Eletrobrás negocia ADRs de Nível 1 no mercado de balcão dos Estados Unidos.
Pauta estratégia
Na pauta do processo de planejamento estratégico também estão os objetivos traçados pelo Ministério de Minas e Energia para o novo modelo do setor elétrico, como a universalização do atendimento, a modicidade tarifária e a segurança no abastecimento. — Outra notícia positiva é a criação da Assessoria de Planejamento Estratégico, criada para fortalecer e dotar a Eletrobrás de ferramentas capazes de permitir à empresa navegar em águas mais tranqüilas, diante dos novos desafios do sistema, completa Costa. Ele ressalta ainda que a busca dos objetivos estratégicos leva em conta também a necessidade permanente da empresa de alcançar uma rentabilidade compatível com os anseios de acionistas e investidores. As viagens recentes do presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, e de diretores da companhia aos Estados Unidos e à Europa já fazem parte dessa nova estratégia de ampliação dos negócios internacionais da empresa. Na semana passada, a Eletrobrás recebeu uma delegação de 11 técnicos da China International Trust & Investment Corporation (Citic), braço do governo chinês para investimentos no exterior. Os chineses participaram de uma série de reuniões na sede da companhia com o objetivo de definir áreas conjuntas de atuação e parcerias em projetos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.