Mais um programa de apoio à Metade Sul
2004-11-19
Em uma nova tentativa de estancar o empobrecimento da Metade Sul, o governo federal lançou ontem, em Pelotas, mais um plano de reconversão econômica da região. Com investimentos de R$ 5 milhões, o objetivo é incentivar assentados e pequenos produtores rurais a aderirem à fruticultura e ao florestamento. A estratégia atende a um estudo técnico feito pelo Ministério da Integração Nacional. De acordo com o ministro Ciro Gomes, o Produto Interno Bruto (PIB) da Metade Sul caiu 10% nos últimos 14 anos. - Dividimos o país em 588 quadrantes para estudar o nível de renda e o resultado foi terrível. A Metade Sul foi o subespaço do país que mais retrocedeu em termos econômicos - afirmou. Para reverter esse quadro, Gomes defende uma mudança radical na matriz produtiva, apostando em seis novas alternativas: o turismo, a cerâmica, as rochas ornamentais, a pesca, a fruticultura e o florestamento.
Com base no diagnóstico traçado pelo Fórum do Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Metade Sul, ele pretende começar essa reconversão substituindo o trinômio carne-arroz-leite por frutas e madeira. - O futuro não tem solução se conservados esses caminhos - justificou o ministro. Para asegurar a transformação dos campos em florestas e pomares, o governo pretende distribuir gratuitamente 2,4 milhões de mudas de frutíferas. Serão criados quatro viveiros em assentamentos de Piratini, Hulha Negra e Santana do Livramento, além de uma matriz genética da sede da Embrapa em Pelotas. Para a distribuição de mudas florestais, o Gabinete da Reforma Agrária está implantando viveiros em Alegrete, São Francisco de Assis, São Sepé, Rio Pardo, Camaquã, Morro Redondo e Hulha Negra. (ZH/34)