Ibama multa empresas responsáveis por navio que explodiu em Paranaguá
2004-11-19
O Ibama e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) vão aplicar multas diárias às quatro empresas identificadas como responsáveis pelo navio chileno Vicuña que explodiu no último domingo no porto de Paranaguá. Segundo o gerente do Ibama no Paraná, Marino Gonçalves, os R$ 250 mil por dia de multa são referentes apenas ao descumprimento das exigências ambientais que os dois institutos haviam feito às empresas, como a contenção e eliminação das fontes de contaminantes (álcool metanol e óleo combustível). Gonçalves acrescentou que 48 horas depois de terem sido feitas as exigências, os técnicos dos institutos viram pouco resultado. — Os danos ainda não cessaram: as empresas não conseguiram interromper a liberação dos produtos que contaminam a água, alertou.
Gonçalves informou ainda que a multa decorrente do dano ambiental ainda não foi aplicada: — Está sendo feito um levantamento por técnicos, tanto do Ibama quanto do IAP e, também, da Universidade Federal, para que possamos, com um laudo técnico, científico, dosar a aplicação da multa, responsabilizando cada qual com a sua cota de participação no acidente que, diga-se, é de grave proporção. A multa por danos ambientais pode variar de mil a 50 milhões de reais. O gerente do Ibama no Paraná disse que foram encontrados mortos seis botos, duas tartarugas e duas gaivotas, devido ao combustível derramado. O Ibama e a Universidade Federal do Paraná montaram um centro de resgate de animais e pedem a participação da comunidade para salvar os sobreviventes e recolher os que já estão mortos. Os interessados em ajudar devem ligar para o telefone (41) 420-3500.