Klabin e Suzano já negociam carbono
2004-11-18
Antes mesmo da ratificação do Protocolo de Kyoto, duas gigantes brasileiras do setor de celulose e papel, Klabin e Suzano Bahia Sul Celulose e Papel, já haviam aderido ao Chicago Climate Exchange (CCX), um mecanismo alternativo para comercialização de créditos de carbono. Funciona como uma espécie de bolsa de emissões de gases de efeito-estufa, que permite a negociação entre os membros, hoje em torno de 50 - empresas, universidades e até organizações religiosas. A Klabin colocou uma oferta inicial de 2 milhões de toneladas de CO2 equivalente, a serem negociados até 2006. O cálculo se refere a uma área de 10 mil hectares de florestas plantadas da empresa, no Paraná. Agora, a empresa estuda aumentar o uso de biomassa das próprias florestas (cascas, rejeitos de serrarias) em substituição ao óleo combustível nos processos industriais. — Nenhum de nossos projetos tem como escopo o mercado de créditos de carbono e sim o compromisso com um modo de produção mais sustentável, afirma Reinoldo Poernbacher, diretor Florestal da Klabin.
A Suzano aderiu ao CCX em fins de setembro, com a oferta de 5 milhões de toneladas de CO2 equivalente, referentes a uma área de 40 mil hectares de florestas. — O Brasil é muito competitivo na questão florestal e estamos bem posicionados, diz Luiz Cornacchioni, gerente de Planejamento e Pesquisa da Suzano Bahia Sul. (Celulose Online, 17/11, OESP)