Bancos adotam condições ambientais para fazer empréstimos
2004-11-17
A história é repleta de exemplos em que a busca de ganhos financeiros levou destruição ambiental e prejuízos sociais. Essa mecânica no entanto tem sido advertida na medida e que os agentes econômicos recebem os ganhos advindos da conservação do meio ambiente e da adoção das melhores práticas sociais. Entre os mais recentes exemplos do novo paradigma está a concessão de créditos por bancos que aderira, aos princípios do Equador, segundo os quais o empréstimo é liberado ao tornador que respeite as normas trabalhistas, tenha uma política adequada aos recursos humanos e siga a legislação ambiental.
O banco Real NA Amro, por exemplo, passou a condicionar seus empréstimos a clientes que sigam esses princípios ou mostrem planos concretos de se adequar a eles. Para isso, o analista financeiro do banco e os gerentes de todas as 1135 agências do país passaram a avaliar as empresas do ponto de vista sócio-ambiental. — Não vou dizer que o banco virou verde, mas estamos investindo nisso. Diz Christopher Wells, gerente de riso sócio-ambiental do Real De acordo com Wells, o Real já treinou 2203 funcionários desde junho de 2002. Cerca de 4 mil companhias já passaram pelo crivo do banco. Empréstimos já foram negados a madeireiras ilegais, empresas do setor agrícola que usam mão-de-obra escava, utilizam amianto e fabricam armamentos. (Carta Capital, nº 317, 17/11)