Estudo sobre efeitos de pesticidas em crianças foi abandonado
2004-11-17
Um estudo planejado pelo governo dos Estados Unidos a respeito de como o corpo de crianças absorve pesticidas e outras substâncias químicas foi temporariamente suspenso por razões éticas. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) informou que irá solicitar a um painel de cientistas externos a revisão do plano de dois anos de estudos envolvendo famílias de 60 crianças do Condado Duval, na Flórida, e dar informações públicas sobre esta revisão na próxima primavera. O desenho do estudo, ou seja, seu modelo, havia sido revisto por quatro corpos externos à EPA, incluindo duas universidades. O objetivo do estudo era verificar como os pesticidas, que causam danos neurológicos em crianças, e substâncias químicas como retardantes de chama, podem ser ingeridos, absorvidos ou inalados através de alimentos, bebidas, do solo, de sementes e de poeiras domésticas. — Se decidíssemos ir adiante com o estudo, deveríamos estar certos dele, afirmou a porta-voz da EPA, Cynthia Bergman, na semana passada. — Mas foram levantadas várias preocupações, inclusive dentro da agência, e nós queremos atender a essas preocupações, acrescentou. Os cientistas e a EPA, além dos ambientalistas, questionam até que ponto o governo deve dar US$ 970, mais roupas e uma câmera às famílias de baixa renda, com crianças, a fim de encorajá-las a participar do estudo sobre o uso de pesticidas em suas casas. A EPA também concordou em aceitar de US$ 2 milhões a US$ 9 milhões para o estudo, verba proveniente do Conselho Norte-Americano de Química, um grupo que representa os fabricantes químicos. (CNN 15/11)