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2004-11-16
O glifosato, produto da Monsanto, que está incorporado na bagagem genética da soja RR, é o agrotóxico que vem causando mais contaminações no Paraná, com uma média de 21,5% em relação ao total de intoxicações por outros agrotóxicos. Os dados são da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria de Estado da Saúde. Foram 124 em 2003 e 84 até setembro de 2004. Essas intoxicações provocaram quatro mortes em 2003 e uma morte até setembro de 2004. Em julho deste ano, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná havia alertado que a soja transgênica tem altos índices de contaminação por glifosato, agrotóxico utilizado nesse tipo de cultura. O Departamento de Fiscalização de Sanidade Agropecuária recebeu o resultado das análises encomendadas à Universidade Federal do Paraná. O estudo revelou que de 19 amostras analisadas, apenas três não apresentaram algum nível de contaminação pelo glifosato, agrotóxico utilizado nas lavouras transgênicas. A bióloga e veterinária Eliane Dallegrave, especialista em Toxicologia e professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na tese de doutorado — Toxicidade reprodutiva do herbicida Glifosato-Roundup em ratos Wistar, constatou que os principais efeitos da intoxicação foram o aumento da massa relativa do fígado e dos rins, e alterações histológicas no fígado e nos rins em todos os grupos de ratos tratados com o agrotóxico.

Espermatozóides anormais
Ainda segundo o estudo da bióloga, as alterações reprodutivas incluíram a redução na produção diária do número de espermatozóides, o aumento no percentual de espermatozóides anormais, a diminuição dos níveis de testosterona e alterações histológicas nos testículos, caracterizadas por congestão dos vasos, degeneração das espermátides e degeneração tubular.Diante da toxicidade reprodutiva que se evidenciou, a bióloga Eliane Dallegrave afirmou que foi possível diagnosticar que o Glifosato-Roundoup é capaz de conferir efeitos de modulação endócrina e, em conseqüência, manifestar potencial desregulador endócrino. — De acordo com as descobertas da bióloga Eliane Dallegrave, o herbicida glifosato não é tão inofensivo como apregoam os defensores da soja RR, afirma Valdir Izidoro Silveira, especialista em biologia do solo e mestre em tecnologia dos alimentos pela Universidade Federal do Paraná. —Um estudo em Ontário, no Canadá, detectou que o uso de glifosato aumentou o número de abortos e nascimentos prematuros nas famílias rurais, acrescenta Valdir Silveira. O grau de intoxicação que os produtos à base de glifosato podem causar por serem altamente tóxicos para pessoas e animais são irritação nos olhos e na pele, dor de cabeça, náuseas, entorpecimento, elevação da pressão arterial, palpitações e alergias agudas e crônicas. Estudos de laboratório também detectaram efeitos negativos em todas as categorias de testes toxicológicos.

Uso proibido
Segundo Valdir Silveira, o Ministério da Agricultura aprovou o uso do glifosato antes do plantio, mas no caso da soja RR ele está proibido. — O glifosato apropriado à soja transgênica ainda não possui o registro federal, observa o especialista em biologia do solo e técnico da Secretaria da Saúde. No ano passado, a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – aumentou em 50 vezes os índices de tolerância dos resíduos de glifosato remanescentes. Atualmente, o máximo tolerado é de 10 miligramas por quilo. Segundo Valdir Silveira, isso é válido apenas para o Roundup/glifosato da Monsanto que ainda não possui registro conforme a lei federal 7802, de 1989. (Secretaria de Meio Ambiente do Paraná, 16/11)

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