China enfrentará mais secas e enchentes com aquecimento da Terra
2004-11-16
A China deve enfrentar mais secas, enchentes e outras condições climáticas extremas enquanto se esforça para combinar uma economia em rápida expansão com a proteção ao meio ambiente, afirmou um relatório sobre mudanças climáticas divulgado na terça-feira (09/11). O documento, parte dos compromissos assumidos pelo país ao aderir ao Projeto de Convenção sobre Mudança Climática da ONU - Organização das Nações Unidas, aparece no momento em que a região sul da China enfrenta sua pior seca dos últimos 50 anos. — O aquecimento da Terra afeta a segurança alimentar, a educação, as taxas de mortalidade entre as crianças e as suas mães e os sistemas biológicos de nosso planeta. Se não adotarmos medidas hoje, colocaremos em perigo a manutenção da vida no futuro, afirmou Khalid Malik, representante da ONU na China. — Enquanto isso, prevê-se a duplicação do consumo de energia, e o uso de recursos naturais deve continuar aumentando. Isso coloca a China em uma posição muito vulnerável se pretende garantir a sustentabilidade de seu crescimento. O país, cujas cidades enfrentam níveis excessivos de poluição decorrente da fumaça dos carros, da poeira vinda de obras e de emissões de fábricas onde se queima carvão, adotou uma série de medidas para poupar energia. Mas o relatório de terça-feira está baseado em dados de 1994 - uma vida em vista da velocidade do crescimento econômico do país - e reconhece uma fraqueza do ponto de vista dos números e a falta de uma coleta padronizada de informações.
O documento alerta para a possibilidade de as mudanças climáticas afetarem as plantações do país, provocando uma redução de 10 por cento na produção de alimentos até 2050. O relatório afirma também que o derretimento das geleiras e a elevação do nível do mar prejudicariam o suprimento de água potável. (Terra 10/11)