O governo do Paquistão esta trabalhando em quatro opções para utilizar de 4 a 5 trilhões de pés cúbicos de gás natural não envasado. O objetivo é obter economia de 1 bilhão de dólares por ano. As reservas do país são estimadas em 24,92 trilhões de pés cúbicos, das quais 21 trilhões podem ser acessadas por meio de dutos. Cerca de 4 trilhões de pés cúbicos desse gás tem valor de queima de médio a baixo e não podem ser transportados em dutos. De acordo com padrões aprovados pelo governo federal, o poder energético de 600 BTU por trilhão de pés cúbicos é considerado baixo, e de 600 a 800 BTU por trilhão de pés cúbicos é considerado médio. Acima desse valor, o gás é considerado de alta qualidade e sujeito a transporte por duto. Autoridades paquistanesas recentemente discutiram o assunto (as opções de transporte)com o Banco Mundial e estudos estão em curso para acertar a viabilidade técnica de utilização dessa fonte de energia. O setor energético deverá ser o maior consumidor desse tipo de gás, obtendo ganhos em torno de 600 milhões de dólares com a substituição de seus combustíveis convencionais. As opções técnicas de uso do gás natural de baixo e médio poder calorífico podem ser: misturas de volumes desses gases com os de alto BTU até se encontrarem as especificações que possibilitem a sua utilização com vantagens econômicas; remoção dos elementos inertes para o aproveitamento apenas do gás de qualidade; transporte do gás natural de baixa qualidade para consumidores principalmente de usinas energéticas dedicadas a fornecimento de grandes volumes de gás, e transporte desse gás para mercados que operem com gás de alto poder calorifico, mas com pequenos volumes, com certa quantidade destinada a consumidores finais. A escolha de qualquer uma dessas opções estará sujeita a critérios financeiros e econômicos.