OPERAÇÃO CONTRA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL VAI ATÉ OUTUBRO
2001-08-27
Vai até o final de outubro a operação de fiscalização terrestre, fluvial e aérea contra os infratores da natureza e degradação ambiental que o Ibama aplica em 700 municípios, ou cerca de 75% das cidades dos nove Estados da região Norte cobertos pela floresta amazônica. O avanço indiscriminado da fronteira agrícola, a exploração ilegal de madeira, o tráfico de animais e de plantas e os assentamentos são apontados como os principais responsáveis pelos crimes ambientais na Amazônia. Mais de mil agentes, 140 veículos, três aviões, três helicópteros, 20 embarcações de grande porte e 40 menores, além de 900 voluntários estão envolvidos na operação, com competência para prender em flagrante e apreender os produtos e os animais explorados ilegalmente. O trabalho também conta com o apoio das secretarias de meio ambiente nos Estados da região Norte, polícias florestal, federal e rodoviária, e das prefeituras dos municípios envolvidos. Para expandir as ações ao máximo na região Amazônica, a base central da operação do Departamento de Fiscalização do Ibama, em Brasília, implantou centros regionais, nos Estados do Pará, Rondônia, Maranhão e Mato Grosso - estruturados temporariamente para coordenar, apoiar e processar as informações sobre os crimes ambientais, principalmente os desmatamentos e as queimadas não autorizadas detectados por via aérea e pelas equipes de campo. Os centros contam com seis bases primárias com 45 agentes cada - equipadas com aviões, helicópteros e as imagens digitais, via satélite, fornecidas pelo Centro de Sensoreamento Remoto; e 18 bases secundárias - terrestres e fluviais, com 25 agentes cada, veículos e embarcações. As bases primárias foram montadas nos seguintes municípios estratégicos do Pará: Marabá, Altamira, Santarém e Conceição do Araguaia, que atenderá, também, o extremo sul do estado e oeste de Tocantins. As bases de Mato Grosso, nos municípios de Sinop, Juara, São Félix do Araguaia, e Alta Floresta, atenderão, também, o sudoeste do Pará, ao longo do eixo da BR-163 até a cidade de Novo Progresso. As 18 bases secundárias são terrestres e fluviais. A base terrestre de Imperatriz (MA) atenderá também o nordeste do Pará, acima de Paragominas. (O Liberal)